Já tem alguns dias que estou numa vontade tremenda de furar a orelha com o intuito de por um brinco, transversal ou aqueles piercings de orelha - isso existe ou eu que inventei? - ainda estou em dúvida. Como muito do que faço por impulso posso outra vez me arrepender por não ter analisado a proposta com mais seriedade. O fato é que sou extremamente impulsivo - como a maioria dos filhos únicos, e eu o sou - mas ao mesmo tempo eu me reprimo por medo da sociedade me reprimir, afinal vivo em sociedade e querendo ou não preciso obedecer a determinadas regras impostas.
Agir, satisfazendo apenas o Id nem sempre é o correto, todavia o que percebo em mim mesmo é que esse tal Id é mais - em mim - mais forte que o superego, dessa forma, meu ego - eu mesmo - é sempre permeado de decisões tiradas em primeiríssima instancia, aquelas que o Id comanda, todavia, por ter sido criado dentro de normas extremamente castas, determinados assuntos ficam perambulando em minha mente por um longo tempo. É complicado entender eu sei.
O interessante é que mesmo me consumindo por dentro com a angústia de fazer ou não fazer algo, passado um determinado tempo aquele assunto simplesmente transpassa em minha cabeça e é engolido por outras preocupações - nem tão preocupantes assim - talvez essa seja outra característica de minha personalidade.
Eu não tento enfeitar o que eu realmente sou, na verdade eu tento é simplificar aqui, tenho o grande intuito de ser entendido ao menos aqui, mas nem sei se consigo. Entender outro ser humano ultrapassa qualquer característica de si próprio, e querendo ou não eu quero me fazer ouvir, ou ser lido por alguém, é bom saber que alguém, pelo menos um pessoa no universo se preocupa com você. E sempre tive a leve impressão de que eu sou tão pouco aos outros, represento quase que um nada.
Sobre furar ou não a orelha dessa vez não agirei por decisão do Id, vou me contentar por mais um tempo do jeito que estou, mas até quando essa decisão vai durar.
Abraços!
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